“Diogo Alves, espanhol (…), veio viver para Lisboa ainda novo, tendo ficado conhecido como o assassino do Aqueduto de Águas Livres, já que de 1836 à 1839 perpetrou nesse local vários crimes hediondos, muitos deles (pensa-se) instigados pela sua companheira Gertrudes Maria, de alcunha "a Parreirinha". Foi por fim apanhado pelas autoridades em 1840, na sequência do assassinato da família de um médico cuja casa assaltara e, por isso, sentenciado à forca. A história de Diogo Alves, cuja sentença de morte foi aplicada a 19 de Fevereiro de 1941, intrigou os cientistas da então Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa.
Estes, após o enforcamento do homicida na tentativa de compreender a origem da sua perfídia, deceparam a cabeça de Diogo Alves. Esta encontra-se, ainda hoje, conservada num recipiente de vidro, onde uma solução de formol lhe tem perpetuado a imagem do homem com ar tranquilo, bem contrária ao que realmente foi.
Os cientistas nunca terão conseguido explicar o que o levou a adquirir uma chave falsa do Aqueduto das Águas Livres, onde se escondia, para assaltar as pessoas que passavam, atirando-as de seguida do aqueduto, com 65m de altura. Na altura, chegou a pensar-se numa onda de suicídios inexplicáveis, e foram precisas muitas mortes - só numa família registaram-se quatro vítimas – para que se descobrisse que era tudo obra de um criminoso: Diogo Alves.
A cabeça decepada encontra-se actualmente no teatro anatómico da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
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