quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Diogo Alves

“Diogo Alves, espanhol (…), veio viver para Lisboa ainda novo, tendo ficado conhecido como o assassino do Aqueduto de Águas Livres, já que de 1836 à 1839 perpetrou nesse local vários crimes hediondos, muitos deles (pensa-se) instigados pela sua companheira Gertrudes Maria, de alcunha "a Parreirinha". Foi por fim apanhado pelas autoridades em 1840, na sequência do assassinato da família de um médico cuja casa assaltara e, por isso, sentenciado à forca. A história de Diogo Alves, cuja sentença de morte foi aplicada a 19 de Fevereiro de 1941, intrigou os cientistas da então Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa.
Estes, após o enforcamento do homicida na tentativa de compreender a origem da sua perfídia, deceparam a cabeça de Diogo Alves. Esta encontra-se, ainda hoje, conservada num recipiente de vidro, onde uma solução de formol lhe tem perpetuado a imagem do homem com ar tranquilo, bem contrária ao que realmente foi.
Os cientistas nunca terão conseguido explicar o que o levou a adquirir uma chave falsa do Aqueduto das Águas Livres, onde se escondia, para assaltar as pessoas que passavam, atirando-as de seguida do aqueduto, com 65m de altura. Na altura, chegou a pensar-se numa onda de suicídios inexplicáveis, e foram precisas muitas mortes - só numa família registaram-se quatro vítimas – para que se descobrisse que era tudo obra de um criminoso: Diogo Alves.
A cabeça decepada encontra-se actualmente no teatro anatómico da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Cabo da GNR seduz Jovens para a Morte



Se pensam que os assassinos em série só existem em outros países,desenganem-se! Pois eles também existem no nosso pequeno país, mais perto do que imaginam...
Ainda há cerca de 3 anos presenciamos um massacre, no nosso país, elaborado por um cabo da GNR, que matou cerca de 3 Jovens em Santa Comba Dão.

"O homicida, António Costa, de 53 anos, atacou de 6 em 6 meses. Era vizinho das vítimas (que tinham entre 16 e 18 anos) e a sua casa ficava no percurso entre a casa das vítimas e as escolas que 2 delas frequentaram e onde uma ainda estudava,sendo local de passagem diária obrigatória. Além disso, conheci-as muito bem, porque fez parte da equipa da Escola Segura, cuja principal função é zelar pela segurança dos estudantes. (...) As jovens de nada suspeitaram, pois conheciam-no bem, sabiam onde morava, o que fazia, e viam-no como um chefe de família: é casado e tem 2 filhos, um emigrante no Luxemburgo e outro militar da GNR em Lisboa. Atraídas para o carro do homicida, as jovens eram levadas para parte incerta e quando se apercebiam do perigo era tarde demais. Foram barbaramente assassinadas e os corpos abandonados na primeira oportunidade. A Polícia Judiciária de Coimbra acredita que cada um dos crimes foi meticulosamente planeado e estaria já em marcha um novo plano de ataque."

Jordão, Isabel- Cabo da Gnr seduz jovens para a morte- Santa Comba Dão [em linha]. mundo.pt, 2006. [consulta 27 de Out. 2009].Disponível na Internet: http://www.mundopt.com/n-cabo-gnr-seduz-jovens-para-a-morte--santa-comba-dao-9243.html.>

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Edmund Emil Kemper: O Gigante “CO-ED KILLER” de Santa Cruz


" Quando nos encontramos face a face com Ed Kemper, classificado logo como um homem impressionante: tem 44 anos, mede mais de 2m e tem cerca de 160 kg. O seu quociente de inteligência ultrapassa os 140 (...). Condenado 8 vezes por homicídio de 1º grau, Kemper escapa á pena de morte que acaba de ser abolida no Estado da Califórnia (foi restabelecida depois).
(...) Ed Kemper pertence á categoria dos assassinos em série organizados. (...) No final dos anos 70, Robert Ressler foi visitar Kemper, pela 3ºvez, na sua prisão de alta segurança, para uma entrevista a sós. Ao fim de 4h, Ressler toca à campainha para chamar o guarda. Durante 15 min. toca 3 vezes. Não há resposta. Kemper previne o seu entrevistador: não vale a pena enervar-se, é a hora da rendição e das refeições dos condenados à morte. Com uma ponta de intimidação na voz, Kemper acrescenta, com um esgar, que ninguém responderá à chamada antes de pelo menos um quarto de hora.
"E se me desse uma travadinha de repente, terias uma carrada de problemas, não é verdade? Podia desatarraxar-te a cabeça e colocá-la em cima da mesa para dar as boas vindas ao guarda..."
Não muito tranquilo, Ressler responde-lhe que isso lhe tornaria ainda mais difícil a sua estada na prisão. Kemper replica que um tratamento desses em relação a um agente do FBI lhe granjearia, um enorme respeito entre os outros detidos:
- Não deves estar a pensar que eu vim para aqui sem meios de defesa! - Diz o homem do FBI.
- Sabes também como eu que as armas são proibidas aos visitantes. - responde Kemper, em tom de troça.
(...) Ao deixar o parlatório, Kemper pisca-lhe o olho e, poisando-lhe a mão no ombro, afirma:
- Não tens a certeza de que eu estivesse apenas a brincar, hem?
Depois deste incidente, os agentes do FBI já não têm o direito de interrogarem sozinhos os assassinos em série."
Educado por uma mãe terrível, que não hesita em encerrá-lo na cave, Edmund Kemper torna-se muito tímido e isola-se cada vez mais. Sonha vingar-se , sonha com brincadeiras mórbidas em que a morte e a mutilação desempenham um papel essencial. (...) " Eu era uma criança agitada e nunca me habituei à ideia de separação dos meus pais. Detestava a ideia de a nossa família se desfazer assim. Gostava dos meus pais de modo igual. Discutiam muito e a minha mãe costumava levar a melhor, amesquinhava constantemente o meu pai, repetia-lhe incessantemente que ele era um desgraçado sem futuro. O meu pai foi-se abaixo e abandonou-nos. (...) Tinha 2 irmãs. A minha mãe tratava-me como se eu tivesse sido a sua 3º filha e repetia-me constantemente que o meu pai era uma patife.(...) A minha irmão mais velha, que tinha mais 5 anos do que eu, batia-me frequentemente e a minha irmã mais nova mentia e eu era castigado muitas vezes em seu lugar. Tinha a impressão de que toda a gente me queria mal, de que nascera azarado. Acumulava frustrações e um grande desejo de vingança.
Aos 8 anos, Kemper desempenhava o papel de vítima numa execução capital, em que as suas irmãs tinham papel de carrascos.
"Vivemos no Montana, numa casa que tem uma cave imensa: poderia-mos dizer uma masmorra. (...) Há uma enorme fornalha de aquecimento central com radiadores e uma tubagem que fazem muito barulho. (...) Comecei a desenvolver essas brincadeiras mórbidas com a minha irmã mais nova. Brincava-mos à cadeira eléctrica ou à câmara de gás. (...) Veio-me atar com uma corda a uma cadeira de braços, finjo contorcer-me de dor quando a minha irmã liga o interruptor."
(...) A maior parte dos serial killers apresenta sinais do seu comportamento desviante desde a mais tenra idade, mas nenhum pai pensa que o seu filho é um futuro Jack, Estripador. Quando falá-mos com serial killers eles confessam ter desejado matar ou ser mortos desde a infância.
(...) "Um dia numa loja assisto a um truque de magia, o da falsa guilhotina. Põe-se uma batata sob a lâmina, enquanto alguém coloca o pescoço numa abertura prevista para esse efeito. (...) Toda a gente se diverte. Quanto a mim, nesse momento, flipo completamente e perco o contacto com a realidade. Isso não deveria ter-me acontecido. (...) Estava fascinado, esse conceito de decapitação era de tal modo excitante a meus olhos que me perseguiu durante semanas. (...)Tinha constantemente pensamentos negativos. Num determinado momento do nosso crescimento consegui-mos superar esta fase mórbida. Eu, não. Um adulto pode guiar uma criança mostrando-lhe outra via. A minha mãe estava lá, pelo contrário, para me humilhar e me bater. Mostrava-me até que ponto os machos eram insignificantes. (...).
Constantemente em conflito com a mãe, Kemper não se entende nada melhor com a irmã: "Tenho ciúmes da minha irmã. Ela tem amigos e eu não tenho nenhum. A minha mãe concede-lhe a sua atenção, o seu afecto, respeito. Quanto a mim, sou repreendido a toda a hora.(...) Um dia dão-me um pistola de fulminantes que trago de Nova Iorque. A minha irmã detestava essa pistola, porque não tem uma. Ademais, está furiosa por não ter ido a Nova Iorque. Alguns dias depois do meu regresso, pretextando um discussão entre nós, ela pega no meu brinquedo e atira-mo contra os pés. Não só a pistola se parte como eu fico magoado no tornozelo. Para me vingar, precipito-me para o quarto dela e decapito a sua barbie com uma tesoura, depois corto-lhe as mãos e entrego-lhe a boneca mutilada." (...) Quando fala das mutilações das suas vítimas Kemper afirma que lhes corta a cabeça e as mãos para tornar impossível a sua identificação, o que, à primeira vista, pode parecer normal no caso de um assassino que procura escapar à policia. (...)O facto de separar os membros do tronco não altera nada, a menos que se trate de saciar um fantasma presente em Kemper desde a mais tenra infância. (...) Alguns meses mais tarde, é o gato da casa que se torna a sua 1º vítima. Enterra o animal vivo e, em seguida, corta-lhe a cabeça que leva orgulhosamente para casa e exibe como troféu no seu quarto. Apesar da sua pouca idade, fantasia acerca do amor e do sexo e os seus devaneios eróticos são inevitavelmente acompanhados pela violência:
"Quando chega a noite, abandono sub-repticiamente a casa para passear ao acaso pelas ruas. Adoro espiar as raparigas e segui-las ao longe. Imagino amá-las e ser amado em troca, embora sabendo que isso nunca será possível. Quais são os meus fantasmas? Possuir as cabeças cortadas de mulheres jovens. Os homens não me agradam."
Quase nunca falando, incapaz de exprimir qualquer afecto de um modo normal, Kemper apresenta sinais premonitórios de um perfeito necrófilo. Um dia, a irmã mete-se com ele por causa da atracção que Ed sente pela professora e pergunta-lhe por que razão não a beija. O jovem Ed responde-lhe: "Seria preciso que eu a matasse primeiro, antes de a beijar." Não está longe de realizar esse fantasma, visto que uma noite vai para a frente da casa da professora com a baioneta do avô. Imagina que a mata, a decapita e, depois, leva a cabeça dela para casa e faz amor com ela.(...)Um segundo gato, que prefere a companhia da irmã, torna-se vítima das suas experiências. Desta vez, o animal é massacrado à machadada e a mãe encontra pedaços putrefactos do corpo do animal no seu armário da parede. Cortou a calote superior do crânio do animal para expor melhor o cérebro e, em seguida, agarrando-o pelas patas, apunhalou-o inúmeras vezes. Durante a operação ficou salpicado de sangue.
(...) "Aos 14 anos saí de casa e porquê? Para ir ter com o meu pai. Quero simplesmente deixar a minha mãe. Sonho, penso e fantasio permanentemente acerca do assassínio. Só penso nisso. (...) As relações entre Kemper e a mãe, continuam a deteriorar-se . Ela acha que o filho é completamente louco e envia-o para casa dos avós paternos, num racho na Califórnia. É lá que, a 24 de Agosto de 1963, aos 16 anos, ele abate os avós com uma carabina .22. Em seguida, apunhala Maude Kemper com uma faca de cozinha. Desamparado, telefona à mãe para a prevenir. Interrogado pela polícia sobre os seus motivos, responde: "Queria apenas saber como seria matar a vovó." Lamenta não ter tido coragem para a despir. As suas declarações incoerentes valem-lhe um internamento no hospital de alta segurança de Atascadero: (...) "Durante a minha estada em Atascadero, o meu código passa de 5100 para 5567, torno-me, portanto, mentalmente perigoso e não responsável pelos meus actos. Nesse caso, basta apenas melhorar e deixam-nos ir para casa."
(...) Kemper instalou-se em Santa Cruz, onde trabalha na universidade local. No inicio dos anos 70, Kemper dá a impressão de se inserir na sociedade e, após alguns empregos menores, do tipo empregado de bomba de gasolina, é contratado pelo departamento rodoviário do estado da Califórnia. Durante a noite, percorre de carro as auto-estradas e aperfeiçoa a sua técnica de abordagem das jovens que pedem boleia, que transporta ás dezenas. Agora, Kemper sabe com pôr à vontade essas possíveis vítimas que não desconfiam que são submetidas a um questionário minucioso, porque ele não as escolhe ao acaso. (...) É absolutamente necessário que a sua vítima corresponda à imagem que Kemper construiu das alunas com que a mãe não o deixa dar-se. Após o assassínio de Aiko Koo, é assaltado pela dúvida quanto à respeitabilidade da sua vítima, a ponto de se dirigir de carro a casa dela para verificar em que tipo de casa vivia. (...) " Sabia como encontrar as vítimas mas não estava interessado nessas hippies sujas que se viam por todo o lado, nessa época. Isso seria demasiado simples e poderia tê-las matado facilmente ás dúzias. É claro que a tarefa estaria muito facilitada com as hippies, mas não era isso que eu queria. Queria atingir a sociedade no ponto onde mais lhe doesse, tirando-lhe o que ela tinha de mais precioso, os futuros membros da elite, filhas de ricos, com os seus ares superiores, gajas altivas."
(...)"Algo me atraem em Mary Annn, que me persegue, Não quero dizer com isto que sinta compaixão por ela quando falo do assunto. Na verdade, ela representa precisamente o que me impele a cometer esses crimes... É altaneira, um pouco desdenhosa. E ela faz-se distante comigo... Mary Ann era perfeita em boleias. Não queria entrar no carro quando eu parei, mas eu aperfeiçoara uma técnica de abordagem infalível. Olho sempre para o relógio, com o ar do tipo que diz: "Terei tempo para parar?" É incrível como isso funciona. Mary Ann entra com a amiga. Vamos estrada fora e eu observo-a pelo retrovisor. Ela olha-me a direito nos olhos. Trago óculos de sol que não são completamente opacos. Os nossos olhares cruzam-se e, em vez de perguntar porque razão a olho, de me dizer que talvez fosse melhor eu parar para as deixar descer, continua a examinar-me. Isso faz parte do jogo, dessa troca que existe quando um homem e uma mulher se medem. Isso fazia parte dos meus fantasmas, dar boleias a raparigas para as matar, mas até então adiara sempre a consumação. Amaldiçoo a minha fraqueza. Digo para comigo que é preciso agir finalmente. É um pouco como a roleta-russa, só que não arrisco a minha própria vida. Passo a vida a namorar o perigo, uma excitação. Sei que se puxar pela arma, terei de as matar. Não posso deixá-las escapar. É demasiado arriscado, Mary Ann Pesce faz-me tombar no crime, por causa da sua sofisticação, da distância que coloca entre nós. Já não consigo suportar isso. Há cinco anos que não tenho relações sexuais. Estava demasiado impaciente.
"Quando passo ao acto, é um choque terrível. Multiplico as asneiras. Quero estrangulá-la, não consigo. Ela debate-se e começa a gritar. Estou frustrado. Pego na minha faca e apunhalo-a. Ela não morre. Nos filme, é suposto morrer-se de imediato. Na vida, não é isso que acontece. Quando se apunhala alguém, o sangue jorra. A pressão sanguínea diminui. Continuo a apunhalá-la nas costas. Ela volta-se e a minha roça-lhe num dos seios. Viso-lhe o estômago. Tenho medo de a atingir no peito. Para mim, é aborrecido. Quero reduzi-la ao silêncio e ela acaba por ter a garganta cortada de orelha a orelha. E, acreditem, sei o que isso quer dizer. Perde o conhecimento provavelmente alguns segundos mais tarde. Saio do carro, com as mãos cobertas de sangue, repetindo: "Aí está, fí-lo, aí está, fí-lo". Agora tenho de matar a outra. Fico sentado durante um instante, com o revólver à cintura . Poderia ter ficado dentro do carro se tivesse sido o sexo a motivar-me. Ela ainda não está completamente morta, o seu corpo ainda está quente. Ter-me-ia bastado voltá-la para fazer amor com ela. Ainda me encontro em estado de choque e tropeço ao sair do carro. Por pouco não me estendo ao comprido. Enquanto mato Mary Ann, sei que a amiga ouviu os gritos. A dado momento, cobri-lhe a boca e o nariz com as minhas mãos, mas mesmo assim ela continuava a gemer. Isso faz-me flipar, não aguento. É algo que não se esquece. Os pulmões de Mary Ann estão de tal modo furado que as palavras e os sons saem como bolhas que borbulham. Tenho a impressão de que o meu cérebro vai explodir. É como um pesadelo psicótico. E cortei-lhe a garganta. Quando saio do carro, deixei a faca lá dentro. Abro a mala do carro e a outra rapariga vê-me, com todo aquele sangue nas mãos. Murmuro uma vaga desculpa para tentar explicar-lhe. Sinto que ela deseja a todo o custo acreditar em mim, porque é a sua única esperança de sobrevivência. Mando-a sair da bagageira. Ela nem sequer repara que tenho a faca na mão e começo a apunhalá-la. Defende-se com unhas e dentes, gritando. Agarro-lhe num braço enquanto a golpeio 2 vezes nos flancos. Espero que ela caia, mas continua a gritar e o sangue jorra-lhe pela boca e salpica-me a cara. Grito-lhe que pare, o que ela faz. Diz vária vezes: "Não!Não!" Cubro-lhe a boca com uma das minhas mãos e ela morde-me ferozmente os dedos. Enfio-lhe os dedos na boca e é nesse momento que perde a consciência. Está a morrer. Os seus braços agitam-se em todos os sentidos. E depois, é uma loucura, mas ela recupera a consciência e pergunta-me: "Porquê?" Eu também quero saber porquê e aproximo-me dela. Alguns segundos mais tarde, ela entra em convulsões, os seus braços agitam-se no ar, há sangue por todo o lado e ela continua a falar. Repete alternadamente: "Não!Não!" e "Porquê?Porquê?Porquê?" É uma loucura completa. Já não sinto nada, já não pertenço à raça humana e, alguns instantes mais tarde, ela morre.
Kemper leva os 2 cadáveres para casa dele e fotografa-os com uma Polaroid. Disseca-os, ao mesmo tempo que goza com algumas partes dos corpos: "Regresso ao meu apartamento com 2 corpos no automóvel. A bagagem está cheia de sangue, porque uma das vítimas está furada com facadas. A outra encontra-se no banco de trás.(...)Tendo cortado as cabeças, levo-as para o meu quarto. Coloco-as em cima de um cadeirão e fico muito tempo a olhar para elas, antes de as levar para a minha cama, onde me ponho a brincar com elas.(...)"Vivas, as mulheres mostram-se distantes comigo. Não partilham. Tento estabelecer uma relação e, na verdade, ela não existe... Quando as mato, sei que elas me pertencem. É a única maneira de as possuir. Quero-as só para mim. Que constituam uma unidade comigo. O fantasma das cabeças cortadas é um pouco como um troféu. É a cabeça que faz a pessoa. O corpo já não é nada quando a cabeça é cortada.(...) No dia seguinte, Kemper enterra os despojos nas montanhas de Santa Cruz e atira as cabeças para uma ravina: "Voltei várias vezes ao local onde enterrei Mary Ann... Quero-a perto de mim...Porque a amo e a desejo."
Já não se contentando apenas com as fotografias de Mary Ann e de Anita, a 14 de Setembro, Kemper dá boleia à jovem Aiko Koo, de 15 anos. Ele conta: "Nessa altura, penso suspender os meus crimes contentando-me com as fotografias, mas o seu efeito dura cerca de 2 semanas. Para mim, a vítima também desempenha um papel, o da californiana a quem tudo é prometido e que pode permitir-se tudo, com um sorriso encantador nos lábios. O facto de entrar no meu carro é bastante trágico, mas é como trouxesse um cartaz nas costas dizendo-me claramente que devo matá-la.(...) Cortei os cabelos de uma das minhas vítimas para fazer uma trança. Ao fim de 2 ou 3 semanas, livrei-me dela porque me provocava stress. (...) Kemper estrangula Aiko koo, antes de violar o seu corpo e de o levar para casa: "Primeiro, tento sufocá-la apertando-lhe as narinas, mas ela debate-se violentamente. Julgo ter conseguido quando ela recupera a consciência e se apercebe do que se está a passar. Fica em pânico. Finalmente, estrangulo-a com o seu cachecol...Depois de a matar estou esgotado, sinto calor e muita sede. Paro num bar para beber umas cervejas, enquanto o corpo ainda se encontra na bagageira do meu carro. Quando estava a levar o cadáver para minha casa, quase fui surpreendido pelos vizinhos. Desmembrá-lo requereu um trabalho meticuloso com a faca e o machado e levei cerca de 4h a cortar os membros, a ver-me livre do sangue e a lavar completamente a banheira e a casa de banho."
Na manhã seguinte, Kemper vai visitar os seus 2 psiquiatras que o julgam curado, enquanto a cabeça cortada de Aiko se encontra na bagageira do seu carro. Ed consegue que o seu registo criminal continue virgem por recomendação desses mesmos psiquiatras! O relatório deles termina assim: "Não vejo qualquer razão psiquiátrica para o considerar perigoso. Na verdade, o único perigo que representa reside na forma como conduz a sua moto ou um automóvel."
"Mato-a numa quinta feira à noite", continua Kemper. "Na manhã seguinte, comunico ao meu patrão que estou doente. Desmembro o corpo. Na sexta-feira à noite, livro-me do corpo, guardando a cabeça e as mãos, facilmente identificáveis. No sábado de manhã, saio de casa levando-as comigo. Procuro um local para as enterrar. Não é fácil livrarmos-nos de coisas dessas. Várias vezes, estive quase a ser supreendido a enterrar os corpos e, se descobrem um cadáver, as testemunhas podem lembrar-se de um carro bege que estava estacionado não muito longe.(...) A 9 de Janeiro de 1973, a estudante Cindy Schall é obrigada, sob ameaça de um revólver, a entrar para a bagageira do automóvel de Kemper, onde é abatida de imediato. De regresso a casa da mãe, Kemper coloca o cadáver em cima da cama e viola-o. Depois de satisfazer os seus desejos de necrofilia, desmembra o corpo na banheira. Os restos são atirados ao mar e a cabeça enterrada sob a janela do quarto da mãe. (...) "Thorpe tem uma fronte muito ampla e tento imaginar que aspecto terá o seu cérebro no interior do crânio. Quero que a minha bala a atinja mesmo no centro do cérebro. Um segundo antes, ela ainda se mexe, e no segundo seguinte está orta. Um ruído e , depois, o silêncio, um silêncio absoluto... Lin, que está sentada no banco traseiro, cobre o rosto com as mãos. Volto-me e atiro 2 vezes, através das mãos. Falho. À terceira vez sai bem, em plena têmpora... Passamos em frente da guarita da Polícia do campus e oiço Lin, moribunda, no banco traseiro. Quando saio da cidade, abrando ao máximo, viro-lhe a cabeça para o lado e abato-a à queima-roupa." Kemper empilha os 2 cadáveres na bagageira do atomóvel e regressa a casa da mãe, onde come tranquilamente o seu jantar. Depois, Kemper desce para decapitar os corpos, mas não está satisfeito e volta para ir buscar o tronco e Alice Lin, que viola no chão da cozinha. Em seguida, corta-lhe as mãos na bagageira.(...) "Na semana que antecede o assassínio da minha mãe, realizo um filme completo dentro da minha cabeça. A minha mãe vai morrer. Vou matá-la. Depois, render-me-ei à polícia esperando que me abatam no meio da rua.(..) Devem ser 4 ou 5 horas da manhã. Vou ao quarto dela, com o martelo na mão e esmago-lhe a têmpora, corto-lhe a garganta, levanto-lhe o queixo e corto-lhe a laringe, que deito no caixote do lixo: desde que ra pequeno que ela não parou de gritar e de me ralhar (...)"
A cabeça, sobre o lintel da lareira, serve de alvo aos dardos que Kemper lhe arremesa, enquanto a insulta (...). Sempre dominado pelo frenesim assassino, Kemper telefona a Saly Hallet, uma amiga da mãe, e convida-a para um jantar surpresa. Mal se senta, Sally é atacada, estrangula e decapitada: "Quando chegou, deixou-se cair numa cadeira dizendo-me que estava morta de cansaço. Afinal, tomei-a à letra." Kemper coloca o corpo em cima da cama dele antes de ir dormir para a cama da mãe. Quando acorda, no domingo de Páscoa, parte de carro e deixa esta mensagem:
"Sábado, 5 h e 15 min. da manhã. Não é preciso que ela sofra por causa do horrível "carniceiro sangrento". Foi rápido - estava a dormir- eu queria que fosse assim. Não foi um trabalho descuidado ou negligente, rapazes. Simplesmente, falta de tempo. Tenho coisas para fazer!!!"
(...) Telefona aos seus amigos polícias de Santa Cruz para se render mas, a última piada, ninguém acredita nele! Desligam-lhe várias vezes o telefone na cara. Mesmo assim, consegue convencer um dos polícias e prendem-no. Nas suas declarações premonorizadas, Ed Kemper confessa o seu canibalismo: "Na verdade, devorei parte da minha 3º vítima. Cortara algumas fatias de carne que pus no congelador. 24h depois de a ter dissecado, cozinhei a carne numa panela de macarrão com cebolas e queijo, como se fosse crne de caça. (...) Aquilo que desejo ardentemente é assistir á morte, e saborear o triunfo que lhe associo, o meu próprio triunfo sobre a morte dos outros. É como uma droga, que me impele a desejá-la cada vez mais. Quero triunfar sobre a minha vítima. Vencer a morte. Elas estão mortas e eu estou vivo. É uma vitória pessoal."

Bourgoin, Stéphane- Serial Killers- Inquérito sobre os Assassinos em Série. 2º Edição. Porto: Edições Asa, 1996. ISBN: 972-41-0778-7.


O que é um serial killer


De acordo com a definição publicada pelo Instituto Nacional de Justiça, de 1988, um serial killer (assassino em série) é o indivíduo que comete uma série de dois ou mais assassinatos como eventos separados, actuando, em regra, isoladamente.

Introdução

No âmbito da disciplina Criminologia e Ciência Criminal, as alunas Diana Carvalho, Helena Teixeira e Kelly Santos, desenvolveram um trabalho acerca dos Serial Killers. Todavia, perante a diversidade de informação encontrada, a versão escrita e a apresentação oral não foram suficientes para expor tudo aquilo que se pretendia.
Desse modo, criou-se este blog com vista a reunir toda a informação disponível nas fontes de investigação encontradas pelos membros do grupo.
Em suma, as próximas publicações contidas neste sítio permitirão esclarecer factos a respeito do comportamento social e criminalmente repreendido que é o assassinato em série.
 


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